Num campeonato em que praticamente estava encontrado o vencedor, para a última jornada de fecho do campeonato de Clássicos assistiu-se à maior variedade de modelos numa só prova e em que tanto Augusto Amorim como Hugo Figueiredo se deram ao luxo de experimentar novas montadas. Enquanto José Ferreira, Porschista incondicional continuava a apostar no modelo 908 Flunder do fabricante Fly, Augusto Amorim retornava ao 312 PB da Ferrari e Hugo Figueiredo estreava o Ford GT 40 MKIV da NSR. Tanto uma como outra troca, não vieram a beneficiar os concorrentes, mas dada a pontuação da tabela qualificativa de cada um, mantinham-se os dois concorrentes em cómoda situação de poder arriscar, sem correr riscos.
Mas na qualificação, Augusto Amorim conseguiu ainda estabelecer o melhor tempo parecendo até que iria continuar com o seu insolente domínio, seguido de Luís Azevedo, Emídio Peixoto e Francisco Matos, que por esta ordem ocuparam os seus lugares na segunda manga. Para a primeira, Hugo Figueiredo assumia o 1º posto e deixava bastantes expectativas quanto ao potencial do modelo da NSR. Seguiram-se-lhe Rui Mota, António Maia, José Ferreira e a fechar, o nosso orgulho, o pequenito César Amorim que insiste na sua progressão.
Dada então a partida da primeira das mangas, Hugo Figueiredo posiciona-se na liderança, mas sempre pressionado por Rui Mota, o que acaba por dar frutos mais para o fim da calha ao forçar Hugo Figueiredo a cometer um erro. António Maia é que continuava a debater-se com a mala pata dos azares, através de um Ferrari carregado de falta de competitividade, embora fosse melhorando ao longo da prova. José Ferreira e César Amorim mais na cauda da competição, lá iam gerindo a prova, numa pequena luta de um contra o outro. E a classificação nesta manga manteve-se tal como acabou na primeira calha, ficando a ideia de que Hugo Figueiredo terá ainda que muito evoluir no seu Ford, até chegar ao nível do que nos habituara com o seu Ferrari, pois a diferença de 9 voltas para Rui Mota assim o confirma.
Na segunda manga, faltava saber se Luís Azevedo conseguiria ou não sobrepor-se desta vez ao crónico vencedor e quebrar o pleno que Augusto Amorim vinha conseguindo. Mas as hostilidades começaram a três, com Emídio Peixoto a intrometer-se na luta pelo poleiro, com a obtenção de alguns bons registos, tendo hipotecado no entanto as suas reais possibilidades, aquando das passagens pelas calhas azul e preta. E a luta acabou mesmo por ser entre Luís Azevedo e Augusto Amorim, tendo pendido a favor do primeiro, pelo excessivo número de erros cometidos por Augusto Amorim, coisa nada habitual neste piloto. Quem acabou por não conseguir mesmo acompanhar os restantes, foi Francisco Matos que se viu com a vida complicada, perante tão forte concorrência. Note-se ainda que este piloto acabou por se ver ultrapassado pelo melhor dos pilotos da primeira prova da noite, vindo a classificar-se em quinto da classificação final.
Animação no início da prova, é coisa que não faltou....
E assim completou-se este campeonato que pelo segundo ano nos proporcionou belíssimos momentos de luta e que por certo será para dar continuidade na próxima época, esperando pelo surgimento de novos modelos, como por exemplo os Porsche 917 da NSR.
Luís Azevedo o vencedor da sexta e última prova dos clássicos, com Augusto Amorim em segundo e Emídio Peixoto em terceiro.
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