segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Francisco Matos - Campeão "Troféu Liqui Moly"

Francisco Matos recebe das mãos de Paulo Mendes o prémio de vencedor do "Troféu Liqui Moly".

A última ronda do Troféu Liqui Moly prometia muita luta pelo ceptro com vários pilotos envolvidos. Mesmo os pilotos mais afastados podiam ambicionar ao título, se os factores jogassem a favor. No entanto, várias ausências foram notadas, como se pode ver pelos 10 pilotos a integrarem a prova. Entre os ausentes, os mais notados foram Rui Mota e Emídio Peixoto que não apareceram para tentar chegar ao 1º lugar quando a sua pontuação lhes dava legítimas aspirações. Assim sendo, Luís Azevedo teria de se defender de Paulo Mendes e Francisco Matos. Hugo Figueiredo e Daniel Lima, presentes na prova, tinham um atraso considerável na tabela e apenas uma hipótese remota lhes permitiria o título.

O sorteio da calha da qualificativa ditou que a mesma seria disputada na calha “preta”, que se encontrava algo suja. Este facto prejudicou nitidamente o Luís Azevedo, o primeiro a discutir a “pole". Para ter uma ideia da dificuldade deste piloto, o 7º lugar obtido por este demonstra bem o estado da calha. Francisco Matos, o terceiro a ir à pista, só conseguiria o 5º posto, mas o suficiente para integrar a 2ª manga, embora tenha conseguido tal, por 7 milésimos, relegando o Hugo Figueiredo para o 6º lugar. Na luta pela “pole", esta parecia entregue a Paulo Mendes quando José Eduardo conseguiu arrecadar o lugar da frente com 9.369 s. Vítor Lopes foi terceiro e António Bernardino numa boa prestação consegue o 4º lugar. A 1ª manga contou portanto com Hugo Figueiredo, Luís Azevedo, Daniel Lima, António Maia e Filipe Gomes, por esta ordem. Os únicos 2 Alfa presentes não lograram bater nenhum dos BMW na qualificativa, o que deixava antever dificuldades na corrida.

O pódio da última prova com Francisco Matos o vencedor, ladeado por Vítor Lopes e José Eduardo, segundo e terceiro respectivamente.


Dado o arranque da manga, Luís Azevedo saltou para o primeiro lugar mas algumas saídas baralharam a ordem. Luís Azevedo e Hugo Figueiredo foram obrigados a uma corrida “de trás para a frente”, mas rapidamente apanharam a liderança da manga. Com o andamento da prova, foi notório que a luta pela vitória na manga seria uma luta a 3, envolvendo o Luís, o Hugo e o Daniel. Os Alfa de António Maia e Filipe Gomes não permitiam grandes aventuras e estes pilotos conseguiram divertir-se na luta própria entre os dois. Na 4ª calha, Daniel Lima acabaria por abandonar a prova no seguimento de uma pistagem atribulada, em que o seu BMW ficou imobilizado na calha. Foi pena, pois a luta ficou reduzida ao Luís e ao Hugo. À entrada para a última calha a liderança estava nas mãos do Hugo, mas tal facto era circunstancial, uma vez que este iria disputar a calha “preta” e o Luís teria vantagem na calha “vermelha”. Tal acabou por favorecer o Luís que venceu o Hugo por uma volta. Filipe Gomes impõe-se a António Maia mas terminam a 13 voltas de distância do vencedor da mesma. Uma vez que o BMW do Daniel não foi retirado de pista após o seu abandono do posto de pilotagem, o piloto foi considerado classificado em último lugar da manga com as 109 voltas que havia realizado.

Luís Azevedo acabou por se posicionar no segundo posto final do troféu.

Os pilotos que disputaram a segunda manga tinham a vantagem de rodar numa pista mais limpa e tal facto foi determinante para a ordem final. José Eduardo não tirou o melhor proveito da sua “pole" e perdeu o lugar para Paulo Mendes, que dominou a manga de fio a pavio. António Bernardino foi vítima de alguns problemas mecânicos, primeiro na transmissão e depois na perda de uma das suspensões que equipam estes veículos (seria a imitação nesta escala de uma quebra de suspensão?). José Eduardo e Vítor Lopes envolviam-se na luta pela 2ª posição com Francisco Matos que acabou por os surpreender no final. A classificação da manga ditou a vitória do Paulo Mendes e com isto a virtual vitória do Troféu… mas tal não ocorreu porque o seu BMW foi desclassificado na inspecção técnica final dado não cumprir com o ponto “2.4 do Regulamento Técnico”, ao possuir uma cremalheira com 26 dentes. A vitória da manga e consequentemente a vitória no Troféu acabou por “aterrar” no Francisco Matos, que com os 38 pontos conseguidos conseguiu sobrepor-se, aos 35 conseguidos por Luís Azevedo (no entanto também Francisco Matos foi alvo da acção dos comissários com uma advertência). Vítor Lopes foi 2º e José Eduardo 3º, enquanto António Bernardino obtinha um resultado igual ao de António Maia.
A classificação final do campeonato ditou a vitória do Francisco Matos, o segundo lugar para o Luís Azevedo e o terceiro para Paulo Mendes. A sujidade da pista na qualificativa penalizou o Luís que à entrada desta prova liderava, mas são as circunstâncias da modalidade. Francisco Matos beneficiou das suas 2 vitórias em 3 provas para assegurar o título. Paulo Mendes, mesmo desclassificado da última prova, obteve o 3º lugar pela diferença de um ponto para Hugo Figueiredo. No entanto, numa aplaudida atitude de fair-play¸ o mentor que tornou este campeonato possível acabou por entregar o prémio que seria seu por direito ao 4º classificado, o Hugo.

Classificação na prova

1º - Francisco Matos

2º - Vítor Lopes

3º - José Eduardo

4º - Luís Azevedo

5º - Hugo Figueiredo

6º - Filipe Gomes

7º - António Bernardino

8º - António Maia

9º - Daniel Lima

10º - Paulo Mendes

Classificação Final no Campeonato

1º - Francisco Matos - 38 Pontos

2º - Luís Azevedo - 35 Pontos

3º - Paulo Mendes - 24 Pontos

4º - Emídio Peixoto - 23 Pontos

5º - Hugo Figueiredo - 23 Pontos

6º - Vítor Silva - 22 Pontos

7º - José Eduardo - 22 Pontos

8º - Rui Mota - 21 Pontos

9º - Daniel Lima - 16 Pontos

10º - António Bernardino - 9 Pontos

11º - António Maia - 8 Pontos

12º - Paulo Oliveira - 6 Pontos

13º - Miguel Queirós - 6 Pontos

14º - Filipe Gomes - 5 Pontos

15º - Augusto Amorim - 0 Pontos

15º - Firmino Bruno - 0 Pontos

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