segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Spirit na senda dos vencedores de Le Mans

Depois de se ter aventurado com o lançamento de um dos Porsche que nunca havia despertado interesse por parte dos fabricantes de Slot, a "Spirit" com o modelo 936/76, deu o pontapé de saída para uma série em que já vai no segundo modelo de Porsches vencedores de Le Mans. Embora esta série 936 se tenha prolongado ao longo de vários anos e tenha sofrido algumas metamorfoses, teve o seu início no ano de 1976 com uma vitória, através do modelo 936/76 com o Nº20 e pilotado por "Ickx/Bell". Neste ano, este mesmo modelo surgiu com dois capôt's de motor distintos, em que o modelo vencedor apresentava uma descomunal boça com uma também grande tomada de ar.


Com o modelo 936/77, a Porsche vence ainda a mesma prova, desta vez num modelo substancialmente modificado ao nível das suas linhas de carroçaria e tripulado agora por "Ickx/Van Lennep", mas ainda com o mesmo patrocínio da "Martini".


No ano seguinte, em 1978, a Porsche participa com dois modelos distintos, um igual ao modelo participante em 1977 e outros dois radicalmente alterados relativamente às suas linhas da série 936 anterior, mantendo no entanto o patrocínio da "Martini". Esta nova linha manter-se-ia até 1981, ano da reprodução do modelo que a "Spirit" agora edita, com o patrocínio da "Jules".
Mas ainda no ano de 1978, a Porsche com os seus novos e bonitos 936/78, não consegue melhor que um segundo lugar, com o Porsche Nº6.

No ano de 1979, a Porsche insiste neste mesmo modelo atribuindo-lhe agora a designação de 936/79, em que o maior dos aspectos a assinalar é a mudança de patrocínio, tendo abandonado o característico sponsor da "Martini" por substituição pelo da "ESSEX". Mais um ano sem conhecer o sabor da vitória através deste modelo, mas compensado por uma vitória surpresa através do modelo 935/K3 da mesma marca.
No ano seguinte, este modelo não chega a participar, tendo a Porsche regressado ao anteriormente utilizado e que havia ganho em 1977, mas que curiosamente havia regredido na sua designação oficial, tendo recebido agora a designação de 908/80. Esta nomenclatura de 908 havia já sido abandonada à alguns anos mas fora agora retomada, para no ano seguinte ser de novo abandonada por troca com a designação 936, outra vez.
Mas o seu resultado não brilhou ao mais alto nível, tendo apenas conseguido o segundo posto final, no ano em que um modelo de produção artesanal e pelas mãos do seu próprio construtor, consegue pela última vez na história de Le Mans, esse feito. Jean Rondeau, com o modelo "Rondeau M379B - Ford Cosworth" vence essa edição de 1980.
E foi com o 936/81, este mesmo modelo da última edição da "Spirit" que os alemães regressaram às vitórias em Le mans. Desta vez com o patrocínio da "Jules" e com dois modelos participantes, consegue através do modelo que ostentou o Nº11 e pelas mãos uma vez mais de "Ickx/Bell", a última vitória para este modelo que viu também a sua última participação em Le mans, cedendo o seu lugar àquele que viria a ser o mais vitorioso de todos os Porsches, o 956/962.

E que dizer do modelo "Spirit"?
Tem o condão de ser uma das peças interessantes deste fabricante alemão e que muito agradará aos "Porschistas".
Permite ainda a reprodução dos modelos de 1978 e 1979, com as bonitas decorações da "Martini" e da suigéneris decoração da "Essex". Deste último patrocinador, é ainda viável a reprodução do modelo que participou com o Nº12 e que havia desfeito o capôt traseiro após o rebentamento de um pneu. Após este incidente, os mecânicos recorreram ao capôt suplente cuja decoração pertencia ao modelo Nº14, o que acaba por lhe conferir um aspecto diferente. Mas no que respeita ao ano de 1981, há ainda que contar com a versão Nº12, cujas extremidades do aileron surgem pintadas de preto e a frente em vez do vermelho, passa a ser azul e que neste artigo se mostra em modelos da escala 1/43.
O modelo "Sipirit" surge-nos de linhas bem conseguidas, merecendo reparo o pouco aprofundamento das tomadas de ar para os radiadores que surgem no flancos laterais do modelo.
Como clássico para competição, não cremos que venha a ter interesse, muito embora a aposta na posição transversal do motor, por possuir uma traseira muito longa e com um grande aileron posicionado na sua extremidade, o que provocará certamente, uma traseira muito balanceadora.
Mas é por certo um modelo imperdível para qualquer "Porschista" que se preze..........

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