Após uma prova inaugural bem emocionante, a 2ª ronda do Troféu BMW M1 decorreu no passado dia 23 e manteve o bom nível da primeira. Nuno Aguilar estreou-se no campeonato da melhor forma, dominando totalmente a corrida. Num total de 10 pilotos inscritos, cedo se notou que os modelos deram um grande salto evolutivo face às prestações que obtiveram na prova anterior, fruto de uma preparação mais refinada. Quer os pilotos da frente quer os que levaram “trabalhos para casa” cumpriram bem o seu papel, mas os treinos foram decepcionantes para alguns, com os seus modelos a revelarem-se bastante “temperamentais”… o que num dado dia era certo, no seguinte já não era.
A primeira manga, com alguns dos pilotos que disputam o título
Com uma pista em bom nível de andamento, o facto do sorteio ditar que a qualificativa fosse na calha “azul” não causou constrangimentos aos pilotos da frente. Paulo Mendes, o líder à entrada, não logrou uma boa qualificativa e foi relegado para a 1ª manga. Emídio Peixoto quase era igualmente surpreendido ao assegurar o último lugar de acesso à 2ª manga. O jovem Francisco Matos conseguiu impor-se aos dois pilotos anteriores e deteve a “pole” provisória durante algum tempo. Augusto Amorim quedou-se a 1 milésimo do tempo, mas um surpreendente desempenho obtido pelo Hugo roubou a “pole” durante alguns momentos, até que Nuno Aguilar, o último a efectuar a qualificativa, “rebentou” com a escala ao obter um tempo-canhão de 8.052 s, novo record do campeonato. Apuraram-se então para a 2ª manga Nuno Aguilar, Hugo Figueiredo, Francisco Matos, Augusto Amorim e Emídio Peixoto, na respectiva ordem. Na 1ª manga correram Paulo Mendes, Luís Azevedo (num carro completamente reconstruído in extremis a tempo de entrar no parque fechado), Paulo Oliveira, Vítor Lopes e António Maia.
A primeira manga evidenciou dois andamentos completamente distinto… enquanto Paulo Mendes impunha o ritmo que só o Luís conseguiu acompanhar, o Paulo Oliveira, Vítor Lopes e António Maia “esgrimiam-se” pelos lugares anteriores, bem como lutavam intensamente com a estabilidade dos seus bólides. Que o diga António Maia que não conseguiu resolver o mesmo problema que o afectou na primeira prova. Paulo Oliveira rodou uma prova mais discreta que a anterior e a meio da corrida sofreu do desprendimento da cremalheira, que o obrigou a gerir o andamento até ao final. Vítor Lopes disso aproveitou e, no meio de algumas cambalhotas, conseguiu levar o seu carro até ao 3º lugar da manga. António Maia ainda foi às boxes para resolver um problema de cremalheira desapertada e aparentemente o seu carro voltou mais rápido que nunca, numa análise ao seu desempenho nas calhas finais (verde e branca). Paulo Mendes e Luís Azevedo fizeram uma prova com atenções redobradas face aos despistes dos restantes e com algumas colisões pelo meio, Paulo Mendes levou o Luís de vencida por uma volta e meia e com um resultado superior ao da primeira prova, o que colocava os pilotos da 2ª manga em “alerta”. Luís Azevedo levou o seu M1 reconstruído em contra-relógio a um bom resultado, igualmente.
Na segunda manga, o estreante Nuno Aguilar, deu cartas, barba e cabelo.
A segunda manga foi dominada pelo Nuno Aguilar e o seu bólide muito bem preparado, sendo a oposição providenciada pelo Emídio Peixoto. O pequeno Francisco Matos, numa prova bastante rápida ainda perseguiu os anteriores no início da prova, mas rapidamente perdeu terreno. Hugo Figueiredo era o piloto mais lento desta manga, mas beneficiava dos inúmeros despistes do Augusto Amorim. Embora estes dois pilotos tivessem sido dos que mais progressos tivessem registado para esta prova, viam-se novamente envolvidos na disputa do 6º lugar, já que um arranque menos positivo nas calhas amarela e azul condenou irremediavelmente a corrida e perdiam para os resultados de Paulo Mendes e Luís Azevedo. O decorrer da manga não alterou as posições da frente e a vantagem de Nuno Aguilar ainda lhe permitiu dar-se ao luxo esperar pelo seu oponente para um despique a dois na calha final, sempre bem-dispostos e animados… e sempre com olho no Francisco Matos. Na cauda do pelotão, o Hugo e o Augusto trocaram várias vezes de posição mas no final o Hugo Figueiredo consegue o 4º lugar aproveitando os despistes do Augusto Amorim.
No final, a vitória incontestável de Nuno Aguilar que dominou os acontecimentos e que acumulou ainda os bónus da “pole” e volta mais rápida com o fantástico registo de 7.789 s. Emídio Peixoto minimizou as perdas com o 2º lugar e ascende assim à liderança da tabela. Francisco Matos repetiu o 3º lugar, um pouco distante dos pilotos da frente.
Classificação na Prova
1º - Nuno Aguilar – 222 Voltas
2º - Emídio Peixoto – 221 Voltas
3º - Francisco Matos – 219 Voltas
4º - Paulo Mendes – 218 Voltas
5º - Luís Azevedo – 216 Voltas
6º - Hugo Figueiredo – 213 Voltas
7º - Augusto Amorim – 213 Voltas
8º - Vítor Lopes – 204 Voltas
9º - Paulo Oliveira – 204 Voltas
10º - António Maia – 190 Voltas
Classificação no Campeonato
1º - Emídio Peixoto – 26 Pontos
2º - Paulo Mendes – 23 Pontos
3º - Francisco Matos – 20 Pontos
4º - Nuno Aguilar – 17 Pontos
5º - Luís Azevedo – 14 Pontos
6º - Augusto Amorim – 9 Pontos
6º - Hugo Figueiredo – 9 Pontos
8º - Paulo Oliveira – 8 Pontos
9º - Vítor Lopes – 6 Pontos
10º - António Maia – 3 Pontos
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