Lola - A saga no Slot

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A "Lola" é uma marca que marcou a sua posição no desporto automóvel, através do muito conhecido "Lola T70".
Como marco maior deste modelo, ficou a vitória nas 24 Horas de Daytona.
Mas foi este modelo que proporcionou o lançamento da marca e consequente sequência de factos vitoriosos em diversas categorias.
Este modelo "T70", foi uma das obras-de-arte da "Fly". Muito bem conseguido e de linhas muito proporcionadas, aliadas ao excelente acabamento que este fabricante nos costuma proporcionar, acaba por ser uma excelente reprodução. No entanto, também apanágio deste fabricante, as suas performances deixam a desejar ao mais exigente slotista.



O "Lola T70 MK II -Spyder", é uma recente reprodução do fabricante "Revell - Monogram".
Também este modelo teve os seus êxitos mas como feito ,maior, ficou a vitória no primeiro campeonato "Can-Am", através do piloto "John Surtees", modelo que aqui deixamos em imagem.
Réplica muito bem conseguida também e com excelentes proporções. Pena este fabricante ter levado ao extremo a fidelidade de alguns órgãos sem que tivesse conseguido contornar as questões por isso levantadas, como é o caso da colocação do radiador frontal, que acabou por condicionar a posição do patilhão, posicionando-o excessivamente recuado.



O "Lola T280" é outra das máquinas que mereceram a atenção dos fabricantes de Slot. Através da "Racer", surgiram algumas variantes e inúmeras decorações.
Sem resultados tão relevantes como os dos seus antecessores, não foi no entanto por isso que terá tido menos importância. Foram inundados todos os campeonatos com estes modelos e em várias categorias, conforme as motorizações. desde modelos de 2 litros e até aos 3 litros, tiveram inúmeras participações por todo o mundo. Talvez as versões com mais significado, se bem que sem um resultado condizente, tivessem sido as da participação nas "24 Horas de Le Mans", através dos modelos inscritos por "Jo Bonier" e do qual fez parte o piloto português "Nicha Cabral", onde deram luta directa àquele que viria a vencer a prova, o Matra 670B. Eram os bonitos Lola com a decoração dos queijos suíços.
A miniatura, também muito boa de linhas, peca pela excessiva dimensão das rodas da frente. De jantes muito grandes, acaba por condicionar também a frente do modelo e fazer perder alguma da eficácia necessária, quando em confronto com outros modelos de apurada desenvolvimento técnico. No entanto, de muito melhor resultado dinâmico que os anteriores citados modelos.



E finalmente, a mais recente realização a versar o tema "Lola".
Através da "Power Slot", este mais recente fabricante, editou o "Lola T298", na sua mais evoluída versão. Das edições postas no mercado, sem dúvida a de "Andrés Vilariño", é aquela em que acentam os maiores êxitos. Participante do campeonato europeu de montanha e coleccionando várias vitórias absolutas, e que por essa razão o trouxe a várias presenças e vitórias em Braga, na rampa da Falperra, chegando a atingir o almejado título em 1990.

O modelo, depois de analizado com alguma atenção, denota como sempre, alguns defeitos, mas também alguns pontos forte.

Numa primeira comparação com aquele que consideramos o melhor conseguido dos Lola até então, não nos sobra qualquer dúvida de que nos trará resultados superiores.

Abandonando desde logo o conceito "Sidewinder" por troca com a posição do motor "Anglewiner", perde desde logo uma série de limitações comuns a todos os outros modelos.

Recorre ainda a uma bancada independente do chassis, o que lhe trás também de imediato a vantagem das afinações de basculação, tão úteis quando se querem ganhar preciosas décimas de segundo.

E comparando visualmente os dois Lolas, nota-se uma linha de carroçaria ligeiramente mais baixa, o que beneficia o centro de gravidade do carro.

A diferença na largura das vias da frente é abismal, conferido-lhe um muito maior apoio frontal. A diferença é quase equivalente à largura de um pneu de origem. Só este factor já pesará certamente bastante.

Também na via traseira, se bem que não tão gritantemente notória, prevalece alguma vantagem no modelo da "Power Slot".

A distância entre eixos, se bem que muito parecidas, ainda é maior no "Lola T 298". Mas maior mesmo e de forma significativa, é a distância entre o eixo posterior e o patilhão.

Este por sua vez, vem também evoluído. Em forma de cunha de casco de barco, invertida, por experiência em outros modelos, poderemos confirmar que representa uma vantagem significativa.

A sua traseira e o seu aileron, poderão ser um dos aspectos menos positivos. Bastante esticado para a retaguarda, o aileron poderá funcionar um pouco como o efeito de chicote, provocando a saída da traseira para o exterior das curvas.

Na fotografia de baixo observa-se bem a diferença de dimensões das traseiras nos dois modelos.

Mais aspectos positivos, são os cuidados pormenores de acabamentos a que se deram ao cuidado. O piloto vem provido de cintos de segurança e não a sua simulação. Também o volante tem um bonito acabamento, bem como a representação do extintor e até da cabeça do piloto e o seu capacete. No entanto, este parece-me de dimensões algo exageradas.

Aspectos de franca nota negativa, prendem-se com as jantes.

Por um lado, de realçar a excelente escala em que se encontram representadas. Finalmente, um modelo com o insert das jantes, perfeitamente escalado, o que é sempre muito bonito de observar. Mas por outro lado, o seu acabamento é do pior que temos visto. Muito mal pintadas, será por certo algo a merecer horas extras, para aqueles que gostam dos modelos em bom estilo. Também algumas arestas se encontram mal tratadas. Mas pior ainda é algumas das jantes encontrarem-se totalmente empenadas.

De facto, as jantes serão o pior dos aspectos a anunciar neste modelo que parece ter sido muito bem conseguido.

Ainda e também como nota menos agradável, parece-me estar a extremidade do aileron. Não me lembro de ter visto nunca, a extremidade final tão apontada para baixo. Salvaguardo no entanto, que possa eventualmente pela especificidade de qualquer prova, ter participado com aquela forma, embora me pareça muito pouco crível. Também as forma da tomada de ar dos radiadores laterais, me parece excessivamente vincada. Tenho ideia de serem mais para o arredondado.

O patilhão e a sua forma pode aqui ser perfeitamente observado.

Também é possível observar-se o mau acabamento das jantes.

A bancada do motor de múltipla afinação com o motor em posição "Anglewinder" e que permite a utilização de motores do tipo "Boxer".

Uma vista geral do chassis, que aperta à carroçaria por apenas dois parafusos.

Este sistema já lhe permite por si só, uma basculação extraordinária.

Nesta vista da traseira é possível observar-se a atenção elementar que este fabricante prestou aos pormenores mecânicos ali existentes.

Para finalizar, dizer que se trata de uma edição limitada deste fabricante, a 1300 unidades.

Este, que aqui usamos para este artigo, foi gentilmente cedido por Paulo Mendes e corresponde ao número 217, conforme atesta o certificado de que se faz acompanhar o modelo.

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