O Porsche 917, tal como muitos outros modelos, foi um carro cujo desenvolvimento decorreu ao longo de alguns anos. Tanto mecânica como aerodinâmicamente, a sua metamorfose acabou por ser significativa.
Apresentado à Imprensa mundial em Março de 1969 em Genebra e cuja silhueta apresentava um modelo de cauda longa, apresentou-se variadíssimas vezes nos dois tipos de configuração e até de linhas radicais e únicas.
E desde a sua apresentação até à sua primeira participação ainda no ano de 1969, as modificações sofridas foram muito pouco significativas. Na imagem de cima, nota-se que entre o modelo de apresentação e a sua primeira presença nas 24 Horas de Le Mans, apenas se observa a introdução de duas tomadas de ar para os travões da frente e que ladeiam a tomada de ar central.
E desde a sua apresentação até à sua primeira participação ainda no ano de 1969, as modificações sofridas foram muito pouco significativas. Na imagem de cima, nota-se que entre o modelo de apresentação e a sua primeira presença nas 24 Horas de Le Mans, apenas se observa a introdução de duas tomadas de ar para os travões da frente e que ladeiam a tomada de ar central.
No modelo do ano seguinte, em 1970 portanto, hove já modificações de relevo.
A sua traseira foi totamente remodelada, perdendo inclusive o apêndice aerodinâmico dinâmico, que era constituído por um aileron mecânico com uma pá em cada uma das suas extremidades, que quanto mais baixava a traseira com o aumento de velocidade, mais o aileron subia, aumentando dessa forma apoio na traseira conforme a velocidade ía aumentando. No modelo de 1970, o aileron passou a estar fixo.
Ainda no ano de 1970, o mesmo modelo foi substancialmente modificado, abrangendo a totalidade da carroçaria. A frente perdeu as derivas laterais e adquiriu um aspecto mais afunilado. O capôt da frente foi também redesenhado assim como o conjunto óptico, agora com tendência para um formato triangular.
Entre 1970 e 1971, outro grande restyling, perdendo um pouco o aspecto afunilado da sua frente e o arredondamento que existia para a parte inferior do modelo, apresentando-se agora essa zona muito mais vertical. Os faróis foram novamente redesenhados. Também o capôt-motor perdeu umas tomadas de ar na parte de cima e tipo boça, sendo no entanto o aspecto mais significativo a fazer-se notar, a cobertura de parte das rodas traseiras.
O ano de 1971, registou a participação de três modelos absolutamente distintos nas 24 Horas de Le Mans.
Eram eles, o 917LH (cauda longa), o 917KH (cauda curta) e o 917/20 que mais conhecido ficou por "Pink Pig" e que constitúi modelo único.
Eram eles, o 917LH (cauda longa), o 917KH (cauda curta) e o 917/20 que mais conhecido ficou por "Pink Pig" e que constitúi modelo único.
Entre as três versões, a única coisa comum está na mecânica e exteriormente, no cokpit. Tudo o restante é absolutamente distinto, como se pode observar através das imagens de cima e de baixo.
O auge deste modelo foi atingido com a versão 917/30 que militou no campeonato Can-Am, chegando a debitar uns impressionantes 1400cv.
Mas para o artigo que me encontro a escrever, o que mais importa definir, são as características entre os molelos "LH" dos anos 1970 e 1971, para melhor fundamentar as críticas ao lamentável lançamento do fabricante "Fly".
E como se pode observar na imagem de cima, embora de linha geral igual na vista superior, podem vêr-se as enormes entradas de ar a suguir ao motor no carro branco, tendo no modelo azul sido substituídas por umas de menores dimensões e situadas mais à frente.
Tanto a delimitação da linha exterior, como os faróis, grelhas de saída de ar das cavas das rodas como até o pequeno capôt, se apresentam redesenhados.
Em baixo, novas perspectivas para a verificação das inúmeras diferenças entre eles.
Na imagem de baixo, verifica-se o quão distintas são as formas entre as versões LH e KH....
....e entre os três modelos, o 917LH de 1970, o LH de 1971 e o KH, no caso, de 1970.
Em baixo, numa vista lateral, pode verificar-se como o capôt-motor cobre parte das rodas traseiras no modelo de 1971. Note-se também a existência de uma ranhuma de arejamento. Quanto à linha geral, é a mesma.
Em baixo inclui-se agora o modelo da "Martini", por ser exactamente esse o modelo a estar debaixo de fogo, tendo sido antes opcionalmente utilizado o modelo da "Gulf" correspondente exactamente à mesma versão, apenas pelo facto de ser, graças à sua decoração, muito mais facilmente observáveis os vários aspectos chamados à atenção.
Agora passemos então para o modelo de Slot, também da "Martini" e correspondente ao modelo de "Le Mans 1971".
Exactamente o do modelo de 1970 e não de 1971.
As rodas traseiras totalmente descobertas obrigam ainda à perda do logo da "Martini" existente nessa zona.
Na zona onde surgem os nomes dos pilotos, o modelo "Fly" incorpora tomadas de ar inexistentes nesta versão. Também a côr vermelha se encontra bastante escura.
Junto ao cokpit, deveria existir uma pequena entrada de ar. Os afróis são os do modelo 917KH que tal como já atrás verificamos, não correspondem aos do 917LH.
O pequeno capôt existente à frente, integra de ambos os lados no modelo de Slot, umas tomadas de ar, que na verdade são existem. Com uma linha lateral demasiado recta na parte exterior dos grupos ópticus, não apresenta também a verticalidade desejada em direcção ao solo, apresentando-se demasiado arredondado.
Os erros apresentados nem permitem sequer uma perfeita reprodução da decoração a azul-escuro na frente do modelo. Repare-se nas formas do grupo óptico em ambos os carros.
Enquanto a "Fly" no modelo 917KH nos apresentou uma reprodução de grande nível, a versão LH acabou por ser um autêntico "Flop", num somatório de incorrecções e erros graves.
Viva.
ResponderEliminarMais um tomo da "enciclopédia"
Cumprimentos de
J.C.Nogueira
Obrigado amigo Nogueira.
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