.Tendo conquistado com sucesso a Formula 1, a "BMW Motorsport" voltou-se para campos familiares como o dos carros de turismo, em meados dos anos 80. Ao invés de pegar num modelo já existente, o fabricante alemão decidiu criar uma solução mais potente, apresentando assim a sua série "E30 série-3". Nessa altura os populares campeonatos alemão e europeu de turismo tinham como base regulamentar o "Grupo A", que obrigavam a que o carro só poderia ser homologado se no espaço de 12 meses 5000 exemplares fossem construídos. Isto significava que a BMW não só teria de construir um carro competitivo de raiz, como obter uma homologação especial para o mesmo poder ser comercializado.
Desenhado e projectado em apenas 14 dias, este modelo inicialmente pensado para a velocidade, não foi surpresa que o "S14" fosse uma mistura de peças já existentes. Resumidamente: pegar num motor de um M1 e cortar-lhe dois cilindros. O bloco era derivado de um 2-litros "quatro cilindros" encontrado no 320, equipado com um DOHC de 16 válvulas á cabeça. Partilhando o seu binário com motor de seis cilindros maior, o novo S14 dispunha de mais de 2,3 litros. De série, apenas debitava 200 cavalos, mas com as especificações de competição chegava aos 300 cavalos, ás 8000 rpm. Pouco após a apresentação do M3, o carro foi equipado com catalisador, "matando" assim 5 cavalos de potência.Posteriormente, o legado do M3 foi ajudado pelo sucesso na pista e até no rali. No final da década de 80 uma variedade de versões de competição venceram inúmeras provas nacionais e internacionais de turismo, incluindo o altamente proclamado DTM em 1987 e 1989 contra competidores extremamente fortes desde a Ford até á Mercedes-Benz. O sucesso era também alcançado nos ralis com o Campeonato do Mundo (o primeiro da BMW em 14 anos), com o M3 a vencer em 1987 o rali da Córsega. A equipa de "Olaf Manthey" aumentou o recorde do M3 conseguindo uma dobradinha nas 24 horas de Nürburgring.
Características do modelo real
Motor
Configuração: M10/S12 Rectilineo 4
Localização: Frente, longitudinal
Construção: Bloco em ferro Fundido, cabeças em liga leve
Valvulas: 4 valvulas / cilindro, DOHC
injecção: Bosch Electronic Fuel Injection
Aspiração: Natural
Transmissão
Chassis/ carroçaria: Aço unitário
Direcção: Pinhão e cremalheira
Travões: Ventilados e perfurados, nas quatro rodas
Caixa de velocidade: 5 velocidades Manual
Tracção: RWD
Dimensões
Peso: 960 kg / 2116.4 lbs
Comprimento / largura / Altura: 4356 mm (171.5 in) / 1679 mm (66.1 in) / N/A
Performance
Potencia: 300 cv / 224 KW @ 8400 rpm
Peso / Potencia: 0.31 cv / kg
Velocidade máxima : 250 km/h / 155 mph
Características do mini modelo da Fly
Tracção: 2WD
Iman: Removível na traseira
Motor: Inline/Frente
Patilhão: Normal, plástico
Luzes: Não
Que há para dizer? É um Fly.
Bonito em ambas as carroçarias. Sim, este é um kit duo.
Duas carroçarias, o mesmo chassis. Em ambas destacam-se os excelentes pormenores a que a "Fly" nos habituou noutros tempos, como o símbolo M3, a panela de escape ou o gancho de reboque.
Na pista, com íman, torna-se engraçada a sua condução. Como turismo não me parece nada competitivo.
A carroçaria algo alta, não contribui em nada, quando somado ainda ao "prejuízo" da solução deste fabricante pela opção de motor à frente obrigando a um duvidoso sistema de semi-eixos para as rodas da frente, para um bom desempenho dinâmico de tão bonita máquina.
A solução recai em trabalhos algo apurados na tentativa de se conseguir baixar a frente, trabalho esse que requereria um valente desbaste de patilhão e rebaixamento de pneus. O peso do conjunto será outro dos prejuízos apresentados por esta máquina.
Talvez nos ralis se mostre ser uma opção mais interessante....
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Viva.
ResponderEliminarBonitos mas no resto...
Para mim a principal falha da marca, é a sua capacidade de resistência da carroçaria. Qualquer toque... já foi um bocado disto ou daquilo.
Cumprimentos de
J.C.Nogueira
Boas
ResponderEliminarAs recordações das fabulosas exibições de Marc Duez com o M3 patrocinado pela Fina, nomeadamente no nosso Rali Vinho do Porto.
As imagens ainda andam pelo youtube.
http://www.youtube.com/watch?v=nh5-8PD9Hbo
Só têm paralelo com as imagens do mesmo Marc Duez quando foi o primeiro a lembrar-se de preparar um Porsche 996 GT3 para correr em rally. Ele nas florestais belgas completamente geladas, a curvar em derrapagem controlada com o rugido do 6 cilindro boxer, um hino...
http://www.youtube.com/watch?v=LcK9XxwlDRo&feature=fvw
Abraço
Pedro Correia
Amigo Nogueira:
ResponderEliminarPeço desculpa pela demora na resposta. Eu penso que na Fly como em outras marcas o problema passa pela quantidade e qualidade de apêndices extra-carroçaria... Quantos mais e mais pequenos, maior a probabilidade de haver azares. De resto é uma questão do modelo ser para a prateleira ou para a pista. sendo para a pista... há que ter dedo. não foram feitos para andar fora dela.
Abraço e obrigado pelo apoio.